Quando comecei a desenhar, tinha muita dificuldade de administrar minha rotina e ter tempo para me dedicar ao desenho. Em meio a tantas tarefas do dia a dia, além de estudar e praticar o desenho, também precisava trabalhar, descansar, comer e cultivar um pouco daquele ócio agradável que sempre ajuda a aquecer as ideias. Mas quando pensava no quanto ainda tinha que estudar para me aprimorar no desenho, sentia um certo desânimo.
A solução que encontrei para driblar a falta de tempo - e as desculpas que ela me obrigava a dar - foi adotar um sketchbook e torná-lo meu diário de idéias e imagens, carregando-o para onde quer que eu fosse. Estando com ele, aproveito qualquer brecha para me inspirar e desenhar, seja uma arte despretensiosa ou algo realmente motivador e emotivo. Assim, posso praticar sempre que quero, seja onde estiver.
Aliás, vale destacar, muitos artistas utilizam sketchbooks ao longo de sua jornada. E se você pensa que ao terminar um caderno, eles imediatamente o descartam e iniciam outro, está enganado: é sempre bom revisitar um sketchbook antigo e perceber o quanto nos aprimoramos; porém, melhor ainda é notar como a nossa essência como artista continua a mesma.
O importante não é que seu sketchbook esteja repleto de desenhos impecáveis, mas que cada traço e rabisco traga uma dose de dedicação e, claro, prazer. Pois, acima de tudo, desenhar deve ser prazeroso e proporcionar satisfação diante de nosso esforço, dedicação e evolução ao longo do aprendizado.
Tenha paciência com o seu processo de aprendizado e procure valorizar cada linha que colocar neste caderno. No começo, por mais difícil que pareça, soltar-se ao desenhar está na prática diária e aceitação do seu modo de expressão gráfica.
Então, que tal começar um sketchbook agora mesmo e carregá-lo consigo aonde for?