Uma dúvida muito comum de artistas iniciantes é em relação à identidade de seus desenhos. Afinal, por mais que nos inspiremos em obras de profissionais consagrados, desejamos ter um estilo próprio e nos encontrar rapidinho por esse novo universo.
A identidade é formada pela memória do que a gente viveu, pelas horas que passamos estudando e nossas experiências atuais. Alguns dos meus desenhos são justamente inspirados nessa memória, trazendo vivências e lembranças de pessoas e lugares que foram importantes para mim. Cada arte que criei é caracterizada pelas minhas memórias, do tema aos traços e uso da aquarela. Quanto mais estudamos e nos dedicamos, maior será o seu repertório gráfico (o que a sua mente gravou) para trabalhar com o próximo tema.
Antes que o leitor - e artista - sinta-se ansioso para encontrar a sua identidade, acho importante destacar que ela vai se formando com o tempo. Por isso, sugiro que foque em treinar todos dias, para aprimorar, encontrar o seu estilo e despertar a sua identidade visual. Então, tenha paciência na sua busca por identidade: à medida que os sentimentos afloram, coloque-os no papel, assim a sua identidade começará a tomar forma.
Pense que, em uma folha de papel em branco, a gente nunca sabe exatamente que tipo de desenho vai criar, e o que surgir pode ser uma surpresa. Assim também como a vida: a gente nunca sabe como vai viver o próximo dia. No meio desse processo, a gente erra bastante, mas também acerta e celebra as conquistas.
Meu conselho é, independentemente do desenho que fizer, observe os resultados alcançados e reconheça as suas qualidades, pois cada desenho tem uma qualidade nova, um movimento novo, cores novas, vivências diferentes e coisas que a gente sentiu.
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