A aquarela é uma técnica simples e com muitas possibilidades de cores, porém requer calma para validar as tentativas iniciais por parte dos iniciantes. Por isso, minha primeira dica para quem está começando neste caminho é ter paciência e abusar das experimentações, sem se preocupar com erros e acertos.
Imagine como se estivesse em um laboratório fazendo experimentações diversas. Ao combinar proporções diferentes de água e pigmentos, você será capaz de criar cores e texturas variadas, gerando referências visuais. Aliás, quanto mais referências visuais temos, maiores são as possibilidades de novas texturas, aumentando o campo criativo.
Uma textura é caracterizada pela pigmentação (a cor sólida) e a translucidez (a cor dissolvida na água). Em um desenho, a textura ajuda a criar efeitos de sombra, relevo e perspectivas, gerando estímulo sensorial: o que você vê no papel, consegue sentir de diversas formas sensoriais, algumas manchas lembram a areia por exemplo levando a pessoa a sentir estímulos táteis através do visual.
No livro Sketchbook sem limites, o ilustrador alemão Felix Scheinberger observa “O branco (assim como todas as cores mais claras) é obtido quando deixamos de pintar alguma área do papel. Por essa razão é que, na aquarela, devemos trabalhar com as cores sempre partindo das tonalidades mais claras para as mais escuras.” Ele recomenda cobrir apenas as áreas escuras com cor, reservando os brancos para pigmentos tonais mais claros.
Agora que você já sabe essas dicas, que tal experimentar com a aquarela e criar texturas e combinações de forma livre?